PERÍODO DE TRANSIÇÃO
A Passagem da Idade Média para a Idade
Moderna, é conhecido como o período de transição, ou afirmação do modo de
produção capitalista e conseguentemente da organização de um tipo de sociedade,
cujas características são por ele determinado.
O período denominado de “Transição” fez
com que praticamente toda a sociedade sofresse transformações que acabaram por
resultar em modificações no modo de ser, de produzir e de existir.
Foram grandes as modificações ocorridas
influenciadas por acontecimentos e transformações em todos os campos e
dimensões da sociedade e consequentemente do homem. Cito: a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos; A centralização do poder nas mãos dos
reis; A expansão marítima e (consequente acumulação primitiva de capital); O
esgotamento do Sistema Feudal; A redução do poder da Igreja Católica (motivada
pela Reforma); O Renascimento Cultural; A invenção da imprensa; A
intensificação de teorias científicas e dos ideários iluministas; O surgimento
do racionalismo contrapondo as explicações teológicas; Os avanços técnicos
científicos e tantas outras mudanças que ocorreram neste período.
ESTADO ABSOLUTISTA.
Este modelo de Estado absoluto e
centralizado, teve sua essência e ascensão na Idade Moderna, com diversas
variantes.
Anterior a este, predominava na Europa o
sistema político-administrativo descentralizado, (modo de produção feudal), que
a partir deste momento passa a ser contestado no estado de transição. O Estado
feudal é substituído. Cai a aristocracia. Embora muitos privilégios e valores
foram mantidos. De outro lado, há um agente dinâmico em ascensão, a burguesia
comercial que se viam impossibilitada de expandir seus negócios devido aos
entraves do feudalismo. Esta por sua vez, lutava contra as taxas feudais que
era um empecilho para sua expansão, como também a auto-suficiência dos feudos
que não dava perspectivas à criação de um mercado consumidor.
O Estado absolutista nasce da aliança
entre o rei e a burguesia diante da necessidade sócio-política da época, que
para o sustento da classe monárquica, ou dirigente da aristocracia agrária,
exigia-se cada vez mais um acréscimo tributário. Foi a centralização do poder
nas mãos dos reis absolutistas que possibilitou a formação de Estados nacionais
absolutistas que passam a determinar políticas únicas e que possuíam o poder de
financia a expansão ultramarina que era uma ansiedade da burguesia mercantil
desprovida dos recursos necessários. Também esse novo sistema criou seguranças
à população que vivia num período de incertezas e temores.
Podemos dizer que o mundo das idéias, que
no início da Idade Moderna (Renascimento), provocou mudanças culturais e
ideológicas, que foram de suma importância para tirar o homem do
condicionamento
Ideológico da igreja e ao mesmo
tempo precisava reforçar a justificação do Estado absolutista (rei
representante divino). Diziam que a política absolutista possuía um conteúdo
étnico, estando subordinada a valores ditados pela igreja. Já outros diziam que
o imperativo da imoralidade, do bem comum e dos direitos naturais do homem
cumpunham-se de limitadores do poder político e defendiam a política
representada pelo soberano e que devia atender aos “interesses nacionais”. E
este sem contestação. (Juízo).
O Estado passou a ser visto como o todo
poderoso que deveria dominar todos os cidadãos, isto é, o Estado absoluto
aparece como a superação dos conflitos.
Esse esplendido poderio dos reis ditos no
Estado absolutista que foi fundamental para a burguesia incipiente, em fins da
Idade Moderna. Porém, o sistema absolutista que dominou a política econômica no
período já não era bem vinda aos interesses da burguesia que via agora o mesmo
como entrave à sua expansão. Este contexto, leva ao questionamento a autoridade
inquestionável do rei, culminando nos processos de revoluções burguesas que na
sua ância de poder não só econômico mas também político, derrubam os monarcas
inaugurando assim a Idade Contemporânea.
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