quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014



                                                       PERÍODO DE TRANSIÇÃO

      A Passagem da Idade Média para a Idade Moderna, é conhecido como o período de transição, ou afirmação do modo de produção capitalista e conseguentemente da organização de um tipo de sociedade, cujas características são por ele determinado.
     O período denominado de “Transição” fez com que praticamente toda a sociedade sofresse transformações que acabaram por resultar em modificações no modo de ser, de produzir e de existir.
     Foram grandes as modificações ocorridas influenciadas por acontecimentos e transformações em todos os campos e dimensões da sociedade e consequentemente do homem. Cito: a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos; A centralização do poder nas mãos dos reis; A expansão marítima e (consequente acumulação primitiva de capital); O esgotamento do Sistema Feudal; A redução do poder da Igreja Católica (motivada pela Reforma); O Renascimento Cultural; A invenção da imprensa; A intensificação de teorias científicas e dos ideários iluministas; O surgimento do racionalismo contrapondo as explicações teológicas; Os avanços técnicos científicos e tantas outras mudanças que ocorreram neste período.
     ESTADO ABSOLUTISTA.
     Este modelo de Estado absoluto e centralizado, teve sua essência e ascensão na Idade Moderna, com diversas variantes.
     Anterior a este, predominava na Europa o sistema político-administrativo descentralizado, (modo de produção feudal), que a partir deste momento passa a ser contestado no estado de transição. O Estado feudal é substituído. Cai a aristocracia. Embora muitos privilégios e valores foram mantidos. De outro lado, há um agente dinâmico em ascensão, a burguesia comercial que se viam impossibilitada de expandir seus negócios devido aos entraves do feudalismo. Esta por sua vez, lutava contra as taxas feudais que era um empecilho para sua expansão, como também a auto-suficiência dos feudos que não dava perspectivas à criação de um mercado consumidor.
     O Estado absolutista nasce da aliança entre o rei e a burguesia diante da necessidade sócio-política da época, que para o sustento da classe monárquica, ou dirigente da aristocracia agrária, exigia-se cada vez mais um acréscimo tributário. Foi a centralização do poder nas mãos dos reis absolutistas que possibilitou a formação de Estados nacionais absolutistas que passam a determinar políticas únicas e que possuíam o poder de financia a expansão ultramarina que era uma ansiedade da burguesia mercantil desprovida dos recursos necessários. Também esse novo sistema criou seguranças à população que vivia num período de incertezas e temores.
     Podemos dizer que o mundo das idéias, que no início da Idade Moderna (Renascimento), provocou mudanças culturais e ideológicas, que foram de suma importância para tirar o homem do condicionamento
Ideológico da igreja e ao mesmo tempo precisava reforçar a justificação do Estado absolutista (rei representante divino). Diziam que a política absolutista possuía um conteúdo étnico, estando subordinada a valores ditados pela igreja. Já outros diziam que o imperativo da imoralidade, do bem comum e dos direitos naturais do homem cumpunham-se de limitadores do poder político e defendiam a política representada pelo soberano e que devia atender aos “interesses nacionais”. E este sem contestação. (Juízo).
     O Estado passou a ser visto como o todo poderoso que deveria dominar todos os cidadãos, isto é, o Estado absoluto aparece como a superação dos conflitos.
     Esse esplendido poderio dos reis ditos no Estado absolutista que foi fundamental para a burguesia incipiente, em fins da Idade Moderna. Porém, o sistema absolutista que dominou a política econômica no período já não era bem vinda aos interesses da burguesia que via agora o mesmo como entrave à sua expansão. Este contexto, leva ao questionamento a autoridade inquestionável do rei, culminando nos processos de revoluções burguesas que na sua ância de poder não só econômico mas também político, derrubam os monarcas inaugurando assim a Idade Contemporânea.

Sem comentários:

Enviar um comentário